O brigadeiro ficou conhecido em 1945, durante e campanha do brigadeiro Eduardo Gomes pelas eleições presidenciais. O docinho de chocolate, até então quase anônimo era preparado pelas eleitoras mais prendadas do político e servido nas festas de campanha como sendo o "preferido do brigadeiro". De tanto ser apresentado desse modo, o docinho, que não tinha nome, passou a ser chamado de "brigadeiro".
A história, ouvi quando pequena, contada com sotaque mineiro pela minha avó Ignês, que era doceira: "O brigadeiro, minha filha, queria ser presidente do Brasil." No meu juízo de cinco para seis anos, aquilo fazia muito sentido, afinal brigadeiro era meu doce favorito, nada mais justo do que ocupar o cargo mais importante do mundo. Só depois, já bem crescida, é que fui saber que brigadeiro, antes de ser doce, era uma medalha no peito de um homem que pilotava aviões do governo, e que presidente do Brasil não era o cargo mais importante do mundo.
Alheia às minhas divagações de infância, ela contava orgulhosa a saga do brigadeiro, o doce, enquanto dava conta de tachos cheios de doce de leite, que borbulhavam feito lava sobre a lenha do fogão. "Todos queriam estar nas festas de campanha de seu Eduardo Gomes porque ali circulavam um tal docinho misterioso, feito de chocolate e coberto por uma fininha camada de açúcar, que já fazia fama no Rio de Janeiro. Nome de batismo o doce não tinha; por isso, acabou virando brigadeiro, em homenagem ao seu Eduardo."
Trecho do livro "O livro do brigadeiro de Juliana Motter".
Brigadeiro só existe no Brasil. É uma instituição nacional, assim como o futebol, a caipirinha e o carnaval. Quem, estando fora do país por um longo período,nunca teve uma crise de abstinência de brigadeiro, daquelas que nos fazem visitar supermercados em vez de museus, em busca de ingredientes para um brigadeiro de panela?
Diz a lenda que, antes de se chamar brigadeiro, o docinho de leite condensado, chocolate, manteiga e gemas tinha outro nome: negrinho. Tudo indica que ele teria sido inventado no Rio Grande do Sul, possivelmente por uma dona de casa muito loira que achou exótica a cútis marronzinha do doce. Os gaúchos, ao que parece, não fizeram muita festa para o chocólatra Eduardo Gomes. O Rio Grande do Sul é o único estado do Brasil que ainda chama brigadeiro de negrinho.
A grande certeza é que não pode faltar brigadeiro nas festas por todo o Brasil. Atualmente, viver de brigadeiro está na moda. Já existem centenas de casas especializadas apenas nesse doce, e que fizeram uma gama de variação de sabores e confeitos. Do tradicional, passando pelo belga, hoje existe brigadeiro até de wassabi (raíz forte). Com uma nova roupagem e um novo nome, "brigadeiro gourmet", a paixão de toda a nação brasileira por esse docinho é incontestável. De todo o choque de contemporaneidade que o brigadeiro vem sofrendo, nos resta uma certeza: o berço e a essência serão sempre os mesmo e únicos: nosso brasil brasileiro, terra de samba e brigadeiro!
que legal a história dele! fiquei com vontade de comer! haueuhe
ResponderExcluirwww.brisandonacozinha.com
Gostei da história do brigadeiro, é muito bom saber a origem de nosso docinho preferido. Que gostosooooooo .
ResponderExcluirMeu Deuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuus!
ResponderExcluirEu que já estava com crise de brigadeiro essa semana, agora terei surtos psicoticos!
PRECISO DE MIL BRIGADEIROS ou negrinhos né?! heheh :x
huuuuuuuuuuuuuum :P
Obrigado por vc matar minha curiosidade, agora espero quando matará a minha gula de comer brigadeiro!!!!!
ResponderExcluirCorujão
A abstinencia me pegou forte!! Hahahaha
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